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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Prisioneiros da morte perpétua



 A vida é uma gigante cadeia
 E nosso corpo uma pequena cela
 Uma de milhares que nos rodeia
 Mas há um propósito de estar nela

 Pagamos por cada coisa que fazemos
 Com o sonho da viagem ao paraíso
 Pois a liberdade é o que queremos
 Uma vida no mundo sem juízo

 Mas não basta sair da prisão
 Sem antes abrir a esfera
 Abrir os olhos e a visão
 Ao mundo que nos espera

 A pena de morte é inevitável
 É uma insuportável dor, é uma doença
 É uma vida de horror, é inaceitável
 A morte é inegável, é uma sentença

Rogério Akamine

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Esperança é a ultima que morre, mas ela vive me matando




Vivo numa casa assombrada
A insônia me tormenta todo dia
A parede já está despedaçada
Por um ser que amaldiçoa a minha vida
É invisível e cheio de covardia
Tento encontrar algum meio de saída
Mas é meu corpo a sua moradia
 
No começo era um amigo
Abandonado estava ele vivo
Convidei-o para meu abrigo
Mas logo virara morto-vivo
Minha casa já era tóxica
E não pôde viver comigo

Esperança era o seu apelido
Mas eterno se chama a sua alma
Sua morte me fez um arrependido
Levando aquilo que me trazia calma

Hoje moro atormentado
Nessa casa que se diz corpo
É uma vida amamentado
De assombrações dum velho morto
É o fantasma despedaçado
Que não larga do meu corpo

Rogério Akamine

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